quinta-feira, 31 de março de 2011

A UVA em discussão na CIDAO


Desde a última reunião envolvendo CA´s e DCE ficou decidido que os CA`s de cada campi ficaria responsável por organizar palestras, fóruns e mobilizações na intenção de manter a discussão sobre os problemas da IES e o movimento estudantil no cotidiano do estudante. Para colocar em prática esse acordo os CA´s dos cursos de Física e da Engenharia Civil e Ambiental organizaram uma palestra sobre as políticas públicas na universidade brasileira com um foco na estatuinte da UVA, assim como seus déficits. Para ministrar a palestra foi convidado o professor e fundador do curso de Ciências Sociais Prof. Werber Moreno.
A palestra foi realizada ontem (29/03) no Auditório do CCET às 19:00 no CCET, com a participação dos alunos dos cursos de Física, Matemática, Engenharia Civil e Ambiental e Tecnologia em Construção de Edifícios. O debate girou principalmente sobre as carências das universidades brasileiras em geral e como o fato da UVA ser uma fundação de direito privado e estar diretamente ligada a Institutos particulares transforma nossa IES em uma instituição que o poder público se exime de qualquer responsabilidade em relação a investimentos e aprimoramentos de estrutura e de ensino. A palestra foi avaliada como muito produtiva já que inseriu os alunos do CCET em um tipo de discussão em que não estão acostumados a debater e refletir, neste sentido a idéia de manter as mobilizações foi alcançada.
Porém é necessário entender também que a quantidade de alunos deve aumentar para as próximas palestras e mesas-redondas possibilitando assim a massificação desta discussão e seus aprimoramentos.

Carteirinhas de Estudante


Já estão disponíveis do Diretório Central de Estudantes, os formulários para quem deseja solicitar a sua carteirinha de estudantes.
Os documentos necessários são:
  • Número do RG
  • Número do CPF
  • Comprovante ou Declaração de Matrícula
  • 1 Foto 3x4
O valor da Carteirinha é de R$15,00, que é o valor nacional estabelecido pela UNE. O primeiro lote será de 600 carteirinhas e será enviado no dia 11/04/2011
com previsão de entrega entre os  dias 25 á 30 de abril (o segundo lote será iniciado tão logo o primeiro fique pronto.

A carteira tem validade de um ano e é aceita em todo território nacional para teatro, shows, cinema e demais atividades culturais.
Atenção : Não será aceita nos transportes de outros municípios além de Sobral, pois em regra a meia entrada é valida somente no município onde o estudante esteja matriculado em instituição de ensino daquele município.
Maiores informações no DCE-UVA localizado entre a Lanchonete Longa Vida e o Prédio da Reitoria ou por e-mail: dceuva@hotmail.com

quarta-feira, 30 de março de 2011

Morre o Homem Fica o Exemplo

Morreu nesta terça-feira (29), aos 79 anos, o ex-vice-presidente da República, José Alencar, que lutava contra um câncer desde 1997.
Alencar havia sido internado em “condições críticas” na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, na última segunda-feira (28), com um quadro de suboclusão intestinal, ou seja, parte do intestino estava entupido em decorrência do câncer na região.
Os médicos, no dia seguinte à internação, afirmaram que Alencar não passava mais por tratamento e estava sendo sedado para não sofrer. Com voz embargada, o médico Raul Cutait disse que Alencar estava "em um momento muito difícil de sua vida".
As idas e vindas do ex-vice ao Sírio eram constantes. Alencar teve alta hospitalar no último dia 15 de março, quando voltou para sua casa, em São Paulo. O ex-vice havia sido internado no dia 9 de fevereiro com peritonite, inflamação na membrana que reveste a cavidade abdominal. O problema foi causado por uma perfuração no intestino.
Em dezembro do ano passado, o ex-vice-presidente deu entrada no Sírio-Libanês com uma grave hemorragia no intestino. O sangramento, causado por um tumor na região abdominal, foi posteriormente controlado pelos médicos por meio de um procedimento chamado embolização.
O tratamento contra o câncer, doença que ele combatia há mais de uma década, foi retomado em janeiro, após ter sido suspenso devido a seu estado de saúde, considerado delicado.
O ex-vice-presidente passou por diversas cirurgias e sessões de quimioterapia para combater tumores no rim, próstata e abdome, além de se submeter, sem sucesso, a um tratamento experimental fora do país.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff, muito próximos a Alencar, estão em Portugal nesta terça-feira (29).

sexta-feira, 25 de março de 2011

Charge do Veronezi (Jornal Gazeta de Piracicaba - SP)

ALUNOS SENDO COLOCADOS P/ FORA DE SALA???? ONDE ESTAMOS MESMO????

COMO SE JÁ NÃO BASTASSE A INCOMPETÊNCIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU - UEVA (SOBRAL-CEARÁ), EM GERIR, COMO DEVERIA (DE FORMA CORRETA) SEU PROCESSO DE MATRICULA. AGORA NO CURSO DE FISICA, DA MESMA, EXISTE PROFESSOR, OU MELHOR: PROFESSORA (QUE NEM DO CURSO DE FISICA É, POIS A UNIVERSIDADE NÃO TEM PROFESSOR E TEM QUE FICAR TAPANDO BURACO DESTA FORMA, TRAZENDO DE OUTRO CANTOS), COLOCANDO ALUNOS (PARA SER MAIS EXATO APROXIMADAMENTE 50% DA SALA) PARA FORA, IMPEDIDO-OS DE FAZER AS AVALIAÇÕES, POR NÃO ESTAREM NA LISTA DE FREQUÊNCIA, LISTA ESTA GERENCIADA PELO SISTEMA DE INFORMATICA DA UVA - VULGO NTI - E SUBORDINADA AS INFORMÃÇÕES DA PROGRAD (PRO - REITORIA DE GRADUAÇÃO). ÉÉÉÉ!!!! ESSA MESMA, A QUE COMPLICA AS "COISA" MAIS QUE AJUDA....
OU SEJA. AGORA OS ALUNOS ESTÃO PAGANDO PELA IRRESPONSABILIDADE DE UMA PRO-REITORIA E A INCOMPETENCIA DE UM SISTEMA DE 5ª CATEGORIA, E NAS MÃOS DE UMA PROFESSORA INCOMPREENSÍVEL, INCAPAZ DE DELIBERAR, COM SENSATEZ - SE É QUE O TEM - SOBRE A SITUAÇÃO PELA QUAL VEM PASSANDO ESSES ALUNOS NAS MÃOS DESTA UNIVERSIDADE...

CA DE FISICA

Sobral sediará o III Encontro de Psicopedagogia do Interior do Estado

Sobral sediará entre nos dias 8 e 9 de abril, no auditório central da UVA, o III Encontro de Psicopedagogia do Interior do Estado, que este ano abordará “As Contribuições Psicopedagógicas para a inclusão nos diferentes contextos de aprendizagem”.
As inscrições já estão abertas, e podem ser feitas em Sobral ou em Fortaleza, na regional da Associação Brasileira de Psicopedagogia.

Inscrições e Informações:
Fortaleza: Sede ABPp-Ce:
Av. Luciano Carneiro, 1770 – sala 107 – Vila União – CEP:  60410-691
Tel: (85) 4141.1514 / (85) 9667.2002 / (85) 8543.4331
E-mail: abppce@yahoo.com.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

Sobral:
Graça Morais: (88) 9963.5854
Ana Paula Coutinho: (88) 9221.3989

SAIBA MAIS
Valores:
Até 25/03
R$ 40,00 Associado
R$ 50,00 Estudante
(Grupo de 10 estudantes R$ 40,00)
R$ 60,00 Profissionais não associados

Após 25/03:
R$ 50,00 Associado
R$ 60,00 Estudantes
(Grupo de 10 estudantes R$ 50,00)
R$ 70,00 Profissionais não associados

Envio dos trabalhos até 20 de Março para:
gmmorais2005@yahoo.com.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. , lucianabem@yahoo.com.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. , airesfono@hotmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

terça-feira, 22 de março de 2011

Mais de 3 mil tomam as ruas de São Paulo na Jornada Nacional de Lutas

Concentração para a jornada nacional de lutas das entidades estudantis foi no MASP; estudantes protestaram contra aumento nas passagens, pela aprovação do Fundo Estadual do Pré-sal e por mais investimentos na educação


Dando continuidade às diversas atividades que ocorrem em todo país durante a jornada nacional de lutas, os estudantes da capital paulista tomaram nesta terça-feira (22) uma das principais vias da cidade, a avenida Paulista, em uma grande marcha que terminou na Assembléia Legislativa (Alesp).


A passeata saiu do Museu de Arte de São Paulo e, durante o trajeto pela avenida Brigadeiro, os mais de 3 mil jovens protestaram contra o aumento da tarifa no transporte público em São Paulo. A valor foi reajustado para R$ 3 no início do ano.

“É totalmente inviável para a população ter que arcar com um aumento como esse. Por isso, continuaremos nas ruas para denunciar esse abuso da prefeitura”, disse o presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES), Tarcísio Boaventura.

Os estudantes também pediram mais atenção e investimentos para a área educacional, reivindicando que 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro sejam investidos na educação em todos os seus níveis.

“O governo já sinalizou que pretende aumentar os investimentos de 5% para 7% do PIB. Mas nós achamos que ainda é muito pouco. Nossa luta pelos 10% só começou. Vamos tomar várias capitais do pais a partir de hoje e, na quinta-feira, realizaremos um grande ato em Brasília onde queremos nos encontrar com a presidente Dilma para apresentar nossa documento de reivindicações e discutir o Plano Nacional de Educação”, disse o presidente da UNE, Augusto Chagas.
 
Para o presidente da UBES, Yann Evanovick, os estudantes saem mais uma vez às ruas porque é necessário e urgente garantir a melhoria das condições da educação no Brasil. “Por isso, vamos disputar esse Plano Nacional de Educação apresentando nossas emendas por meio de parlamentares comprometidos com nossas reivindicações. Senão, só daqui a dez anos", afirmou.

PEC do Pré-sal
Outra pauta da jornada de lutas desta terça em São Paulo foi sobre tramitação da Proposta Emenda Constitucional (PEC) do Pré-sal municipal, que cria o Fundo Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social. O Fundo gerenciará os recursos provenientes do Pré-Sal para o estado de São Paulo e já destina 50% para Educação, Meio Ambiente e Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia.

A PEC é iniciativa dos deputados Pedro Bigardi (PCdoB) e Simão Pedro (PT), que, juntos ao presidente da Alesp, Barros Munhoz (PSDB), e ao líder do PSDB na Casa, Celso Giglio, receberam uma comissão dos estudantes para debater o andamento da proposta.

 “O momento é histórico porque é a primeira vez que o movimento estudantil é recebido pelo presidente da Alesp e, com muita mobilização, podemos aprovar essa PEC e mudar a cara da educação no Estado. Todos se mostraram favoráveis à aprovação e, apesar de apontarem dificuldades pelo fato da disputa política na Casa ser muito grande, os deputados disseram que irão conversar com outros parlamentares para apresentar a proposta”, explicou o presidente da UEE-SP, Carlos Siqueira.

ANPG presente
De acordo com a presidente da ANPG, Elisangela Lizardo, a entidade se soma a essas lutas e também apresenta suas bandeiras específicas, tendo como central sua campanha pelo aumento no valor das bolsas de mestrado e doutorado que estão há três anos sem reajustes. “Investir na pós-graduação brasileira é também propiciar professores mais qualificados para o ensino básico, além de possibilitar um contato desde da infância com a pesquisa, e através de equipamentos como museus, bibliotecas e planetários. Enfim, é investir em qualidade de ensino e desenvolvimento da pesquisa nacional, ambos tão necessários para nossa soberania”, finalizou.

Quarta-feira 23/03 – Passeata Rio de Janeiro – 12h – Alerj
A jornada nacional de lutas da UNE organiza uma grande passeata no Rio de Janeiro embalada pelos protestos contra a visita do presidente dos Estados Unidos Barack Obama. Os estudantes vão se concentrar dia 23/03 (quarta) na Assembléia Legislativa (Alerj), às 12h, e de lá partem para a Câmara Municipal. O objetivo é pressionar o voto dos parlamentares a favor do projeto de lei que estará tramitando no dia e garantirá a meia passagem no transporte público aos alunos do ProUni e beneficiados por programas de cotas e reserva de vagas.

Quinta-feira, 24/03 – Grande marcha em Brasília – 10h – Biblioteca Nacional
Cerca de 10 mil estudantes tomarão Brasília colorindo a Esplanada dos Ministérios com a irreverência característica do movimento estudantil. A concentração será às 10h, em frente à Biblioteca Nacional. A marcha, que terá o reforço de uma bateria de samba, seguirá para o Congresso Nacional. Lá, os estudantes esperam ser recebidos por Dilma Rousseff. A audiência já foi solicitada e o  objetivo será dialogar com a nova presidente a pauta de reivindicações, principalmente, a respeito de dois temas: o veto do presidente Lula ao projeto de lei que destina 50% do fundo social do Pré-sal para a educação e os recentes cortes no orçamento que podem atingir o financiamento das universidades.

Rafael Minoro


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sexta-feira, 18 de março de 2011

Jornada de Lutas: saiba como serão as mobilizações em Goiás, Ceará e Amapá

Além das pautas nacionais da Jornada de Lutas, cada estado abordará temas relacionados a educação ligados a sua realidade
Na próxima semana, estudantes tomarão as ruas das 27 capitais do País em defesa da educação. Trata-se da Jornada de Lutas da UNE e da UBES que consiste em uma série de manifestações que acontecem entre os dias 24 a 28 de março.
Em Goiás cerca de mil estudantes tomarão as ruas da capital em defesa do passe livre para estudantes no transporte público, aumento nas bolsas universitárias, reconstrução da sede da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Goiânia (UMES) e por mais políticas de assistência estudantil.
Os estudantes se reúnem a partir das 8h, na Praça Universitária e seguem em passeata pelas ruas do centro da cidade até a Praça Cívica, onde finalizam a manifestação.
Á etapa cearense da Jornada está marcada para as 14h, na Praça da Bandeira. De lá os estudantes seguirão pelas ruas do centro da cidade até a Praça do Ferreira levantando as seguintes bandeiras: autonomia das entidades na emissão da carteirinha do estudante como forma de regulamentar o direito a meia-entrada e pela fiscalização das fundações privadas que são mantenedoras das universidades públicas.
No Amapá, os estudantes se concentram a partir das 16h, em frente a Universidade Estadual d o Amapá (UEPA) e seguirão pelas ruas do centro da cidade até a Praça da Bandeira. As principais bandeiras do estado são a luta pela construção da Casa do Estudante, que poderá oferecer moradia a estudantes de outras cidades, o passe livre para estudantes no transporte público, contra o reajuste nas tarifas, e mais vagas nas universidades públicas.
A Jornada já é uma tradição no movimento estudantil que a cada ano, sempre no mês de março, elege um tema relacionado à educação, que esteja na ordem do dia. Este ano a Jornada de Lutas elegeu as seguintes bandeiras: fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU); gestão democrática nas escolas; aumento nas verbas, com 10% do PIB para a educação; limitação do capital estrangeiro nas universidades brasileiras; mais qualidade e acesso ao ensino superior.
40 anos da morte de Edson Luis Além das bandeiras que nortearão as manifestações pelo Brasil, a Jornada também relembra os 40 anos da morte do estudante secundarista Edson Luis, assassinado no restaurante Calabouço, em 1968, pela ditadura militar que serão completados dia 28 de março. Em todo o Brasil haverá homenagens ao estudante durante as manifestações.





NOTA DE ESCLARECIMENTO

Nota de Esclarecimento


O Diretório Central dos Estudantes – DCE esclarece que os certificados de atividade complementar referente ao I Fórum Estudantil da UVA – Discutindo a Universidade, anida não está disponibilizado pela Pró-Reitoria de Extensão – PROEX. O DCE encaminhou toda a documentação necessária para o processo de legitimação do evento, logo solicitamos providências da PROEX diante desta demora injustificável. Portanto é responsabilidade da PRÓ-REITORIA o atraso na entrega desta demanda de certificados.

15 de março de 2011.

Diretório Central dos Estudantes – DCE
Força pra Lutar, Unidade pra Vencer!

Nota de Repúdio


Nota de Repúdio

O Diretório Central dos Estudantes, Centros Acadêmicos e SINDIUVA (Seção Sindical do ANDES – SN) da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA vêm a público repudiar o descompromisso do governo do Estado do Ceará em relação as reivindicações encaminhadas em audiência pública na Secretária de Ciência e Tecnologia – SECITECE dia 23 de fevereiro de 2011 e legitimadas dia 11 de março, em outra sessão pelo Secretário René Barreira, ocasião em que o mesmo se comprometeu em marcar uma audiência com Sr. Governador Cid Gomes sobre a pauta encaminhada, que até esta data não se realizou nem tem previsão de agendamento. Considerando a urgência do Concurso Público para Professor efetivo e técnicos administrativos, a Construção imediata dos Restaurante e Residência Universitários, a Autonomia e Democracia da Universidade (Eleições diretas para reitor, diretor de centro e coordenadores de cursos), a Construção da sede própria da UVA e uma Auditória nas Fundações é que vemos ao público repudiar está ação de descaso e descompromisso do governo do Estado em relação a Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA.


18 de março de 2011.

Diretório Central dos Estudantes da UVA - Força pra Lutar, Unidade pra Vencer
Centros Acadêmicos da UVA
SINDIUVA – Seção Sindical do ANDES – Sindicato Nacional


quarta-feira, 16 de março de 2011

.Vanguarda de jovens derrubou ditadura egípcia, diz Samir Amim

Internacional| 11/03/2011 | Copyleft

Vanguarda de jovens derrubou ditadura egípcia, diz Samir Amim

A queda de Mubarak não deve ser vista com surpresa de acordo com Samir Amin. Anos de crescimento econômico elogiados pelo Banco Mundial só serviram a um grupo minúsculo de egípcios, além do que a repressão policial era crescente e brutal. “Tinha que explodir. E Explodiu”, afirma em entrevista exclusiva à Carta Maior. O economista e intelectual egípcio conta ainda como foi dos jovens politizados “fora da esquerda tradicional” a vanguarda da revolução que derrubou a ditadura egípcia. E reafirma leitura crítica aos rumos do Fórum Social Mundial.

Aos 79 anos, Samir Amin é um dos grandes pensadores vivos da esquerda atualmente. E para entender o sentido que a palavra "pensador" ganha quando empregada ao lado do nome desse economista nascido no Cairo, é preciso dizer que ele tem obras traduzidas em mais de uma dezena de diferentes línguas que vão do grego ao chinês.

Nome presente e profundamente respeitado no círculo íntimo do Fórum Social Mundial, Amin esteve em Londres recentemente para um evento chamado 6 Billion Ways, cujo slogan não escondia a inspiração: “Fazendo um Outro Mundo Possível”. Do evento participaram aproximadamente 2,5 mil pessoas, a maioria jovens na faixa dos 20 a 30 anos, em diversos painéis, discussões e exibições de filmes.

Logo após Amin encerrar sua participação em uma mesa de debate sobre o sistema financeiro mundial, ele concedeu uma entrevista à Carta Maior. Sorridente e aparentemente satisfeito por ver tantos jovens presentes a um evento comprometido com a mudança social - "o que mostra que também no Reino Unido os jovens não são necessariamente despolitizados" - Amin reafirmou a leitura crítica ao Fórum Social Mundial que fez em um artigo recente. "Em muitos casos os principais movimentos e lutas não estão [presentes no FSM]" , apontou.

Amin falou também de sua terra natal, o Egito, e de como se deu o processo que culminou com a derrubara do regime de Hosni Mubarak do poder. Segundo ele, foi o protagonismo dos jovens "politizados à esquerda, mas fora dos partidos de esquerda tradicionais" que trouxe a reboque os outros movimentos sociais, adicionando a tensão necessária para que a ruptura ocorresse. "O chamado desses jovens teve enorme e imediato efeito em todos os níveis populares".

CARTA MAIOR - Uma edição do Fórum Social Mundial (FSM) acaba de acontecer em Senegal. Qual o papel do movimento perante a esses eventos que estão acontecendo no norte da África e no Oriente Médio no momento?

SAMIR AMIN - Eu estive presente na mais recente edição do FSM em Dacar - e não apenas presente, como fui um dos organizadores de algumas das principais atividades. Eu acredito que os fóruns sociais são por si só eventos positivos, mas precisamos ser modestos e críticos. Os principais movimentos e lutas que mudam o mundo não estão necessariamente presentes no FSM. Existem desequilíbrios nos fóruns sociais mundiais que funcionam a favor daqueles que tem dinheiro. Em muitos casos os principais movimentos e lutas não estão lá. E nós vimos em Dacar, com o desenvolvimento das quase-revoluções do Egito e da Tunísia, nenhum dos movimentos - eu estive em contato com esses movimentos do Egito que começaram a revolução popular, democrática e anti-imperialista - nenhum deles ouviu falar sobre o FSM. Portanto precisamos ser modestos. Os fóruns sociais em geral, não apenas o mundial, mas os nacionais e os regionais, estão atrás dos eventos. Eles não são a vanguarda que guia o povo.

CARTA MAIOR - Esses regimes que estão caindo agora estão presentes por muito tempo. Por que essas rebeliões estão acontecendo apenas agora? Existe algo que una todas as revoluções?

SAMIR AMIN - Olha, cada caso é diferente. Tunísia não é a Líbia, que não é o Egito. E precisamos evitar generalizações. Como na América Latina não podemos dizer que Brasil e Argentina são idênticos. Ou Bolívia e Venezuela. Cada caso tem que ser olhado com cuidado. Eu vou falar do Egito. Era esperado. Era pra acontecer. Porque o regime, por 15, 20 anos, fez crescer gigantescas desigualdades. O Banco Mundial vinha elogiando altas taxas de crescimento no Egito, de 5%. Mas esse crescimento foi parar nas mãos de menos de 1% da população do país. E a pauperização estava aumentando junto com essas altas taxas de crescimento. E isso não podia se manter sem um regime cada vez mais ditatorial. Como vocês tinham no Brasil, no tempo da ditadura. Uma ditadura muito brutal do Exército, com torturas e tudo mais. E tudo isso apoiado pelo Ocidente, pelos EUA, pelos europeus. Completamente e sem restrições. Mas isso tinha que explodir. E Explodiu.

No movimento existem alguns componentes. Um são os jovens que são altamente politizados. Jovens educados, semi-educados, altamente politizados e com acesso aos meios de comunicação - internet e afins. Politizados à esquerda, mas fora dos partidos de esquerda tradicionais - no caso do Egito, de tradição comunista. E eles começaram o movimento. E não são uma pequena organização, eles são um milhão. Quando eles chamaram a manifestação, foram para as ruas, um milhão. E poucas horas - não no dia seguinte - três, quatro horas depois, em todo Egito, em todas as cidades, Cairo, Alexandria, 15 milhões de pessoas estavam na rua. O que significa que o chamado desses jovens teve enorme e imediato efeito em todos os níveis populares. Eles foram acompanhados imediatamente - eu diria um quarto de hora - pela esquerda radical. os comunistas. E existe uma simpatia mútua e forte, pois esses jovens tem o coração na esquerda.

Eles não são necessariamente críticos radicais do capitalismo, mas eles não aceitam esse capitalismo e a pauperização. E nos cartazes se podia ler "Banco Mundial e FMI vão para o Inferno", "EUA e aliados vão para o inferno, nós não os queremos". "Somos um país independente e queremos tomar as nossas decisões. Se vocês gostam ou não o problema é de vocês e não nosso." Muito claramente. Então receberam o apoio, no dia seguinte, de segmentos da, vamos chamar, classe média democrata. Honesta em seu protesto contra o regime policial, mas não fundamentalmente crítica nem do capitalismo, nem dos aliados norte-americanos e da tolerância do sionismo de Israel. Mas com elementos democráticos.

A Irmandade Muçulmana boicotou o movimento nos três primeiros dias, pois eles estavam com o regime, contra as manifestações. Mas então eles viram que as manifestações estavam crescendo e que eles iriam ficar isolados com o regime, e eles mudaram de posição. Agora, a estratégia dos EUA -- Obama não é melhor que Bush, esqueça disso. Obama é o a continuação de Bush... A estratégia dos EUA é manter o sistema, com os militares por trás, fazer algumas concessões talvez de ordem democrática, e reforçar a aliança com a Irmandade Muçulmana, para com isso isolar a esquerda, que é preponderante no movimento. Essa é a estratégia dos EUA.

CARTA MAIOR - Existem alguns relatos de que o aumento nos preços dos alimentos podem ter sido preponderantes no início dessa escalada. O senhor concorda com essa avaliação?

SAMIR AMIN - Foi um elemento é preciso dizer, sim. Como resultado das políticas neoliberais dos últimos 20 anos, do empobrecimento. Apesar de todos os falso indicadores do Banco Mundial, o empobrecimento estava crescendo, o desemprego crescendo. Agora, sim é verdade que nos últimos dois anos, em cima disso tudo, houve um aumento de preços dos alimentos básicos, como resultado da especulação global sobre a comida. Da bolha da especulação dos alimentos. Mas isso foi apenas um elemento. Em outros momentos tivemos movimentos em Marrocos, no Egito e em outros países -- revoltas resultante dos preços dos alimentos. Mas eram apenas rebeliões, e dessa vez não é uma revolta por comida, é uma revolução. Tem uma dimensão democrática e anti-imperialista. No nosso jargão chamamos de revolução popular, democrática e anti-imperialista.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Sem as mulheres, não há revolução



Agora, com as revoluções árabes, volta à tona a participação das mulheres nas revoluções. Nós também queremos igualdade, liberdade e não temos medo. Durante uma revolta social nossa participação é fundamental para que os avanços não fiquem só no plano formal e para que haja um questionamento profundo dos papeis atribuídos às mulheres e uma ruptura dos mesmos. Contamos com vários exemplos históricos nos quais temos visto que, quando as mulheres participam nas revoluções, a luta lado a lado com nossos companheiros de classe faz crescer a consciência. O artigo é de Angie Gago.

Este mês volta a celebrar-se um novo 8 de março, Dia Internacional da Mulher Trabalhadora. Durante esta jornada de protesto, milhões de mulheres em todo o mundo sairão às ruas para reivindicar seus direitos. Nestes momentos de crise econômica, nós mulheres estamos sofrendo os efeitos dos cortes sociais mais profundos em muitos anos. A reforma trabalhista, a reforma da Previdência e os cortes nos orçamentos dos serviços sociais (saúde, educação, etc.) afetam duplamente a mulher, que já está em uma posição de precariedade em relação a do homem. Encarregadas dos cuidados das crianças e anciãos e obrigadas a trabalhar por menos salário, as mulheres sofrem uma dupla cadeia dentro do sistema capitalista: a exploração e a opressão.

Mas nós também temos aparecido, ao longo da história, a frente das lutas sociais e democráticas. O dia 8 de março é um dia de visibilidade da luta pela libertação das mulheres. Mas cada dia, de maneira “invisível”, nós lutamos para conseguir nossa emancipação. Seja dentro dos sindicatos ou grupos políticos, seja dentro dos coletivos feministas ou com a luta diária de trabalhar e chegar ao fim do mês, temos um papel ativo essencial na transformação social.

Nas últimas semanas temos visto em repetidas ocasiões imagens de mulheres durante as revoluções árabes: Tunísia, Egito, Argélia, etc. Na primeira frente de batalha, na Praça Tahir ou na Praça Primeiro de Maio, as mulheres compareceram em massa aos protestos para derrubar os regimes autoritários que têm dominado seus países nas últimas décadas. Elas são destes países que o mundo ocidental quer invadir para libertá-las. Mas não se cansam de dizer que só serão libertadas por elas mesmas.

Ainda que haja infinitos exemplos nos quais as mulheres lutaram nas revoluções democráticas e sociais, sua imagem é sempre silenciada e sua história eliminada, a serviço do pensamento sexista e de um sistema econômico que necessita deixar as mulheres em um segundo plano. Ainda assim, ao longo da história, as mulheres se levantaram uma e outra vez para gritar que elas não são o segundo sexo.

Isso aconteceu na Revolução Russa de 1917, quando milhares de mulheres participaram na luta pela liberdade e o socialismo. Os avanços nos direitos foram rápidos e os mais avançados da época: direito ao divórcio, anticonceptivos, salário igual, socialização dos cuidados, etc. Ainda que a experiência tenha sido curta devido ao isolamento da revolução e à contrarrevolução levada a cabo pela burocracia stalinista, a experiência criou um precedente.

O tema já clássico “sem as mulheres não haverá revolução” foi se repetindo em diferentes ocasiões nas quais a luta pelos direitos sociais da classe trabalhadora andou de mãos dadas com a luta pela libertação da mulher. Durante a II República, as mulheres também conseguiram uma série de direitos que situavam a democracia do Estado espanhol como uma das mais inclusivas da época. E, durante a Revolução Espanhola, as mulheres tiveram um papel chave na conquista dos direitos sociais.

Nos momentos nos quais os povos se levantaram contra a tirania e o capitalismo, nós temos sido protagonistas dos movimentos de emancipação. No entanto, em nossa sociedade segue dominando a imagem da mulher passiva. Quantas revoluções mais faltam para eliminar este estereótipo?

Agora, com as revoluções árabes, volta à tona a participação das mulheres nas revoluções. Nós também queremos igualdade, liberdade e não temos medo. Durante uma revolta social nossa participação é fundamental para que os avanços não fiquem só no plano formal e para que haja um questionamento profundo dos papeis atribuídos às mulheres e uma ruptura dos mesmos. Contamos com vários exemplos históricos nos quais temos visto que, quando as mulheres participam nas revoluções, a luta lado a lado com nossos companheiros de classe faz crescer a consciência. Mas esse não é um processo automático. Por esta razão, nossa participação nas revoltas é fundamental para conseguir nossa libertação.

Recentemente, temos visto também como milhões de mulheres saíram às ruas na Itália para protestar contra a cultura machista promovida por Berlusconi. “Se não é agora, quando será?”, gritavam as companheiras italianas. Aqui, no Estado espanhol, também temos milhares de razões para sair às ruas. Cada ataque do governo aos direitos conquistados pela classe trabalhadora é um ataque a nossos direitos como mulheres. E se a isso somamos o genocídio contra as mulheres pela violência machista, a pergunta das companheiras italianas é nossa também. Neste 8 de março, sairemos todas à rua para lutar, mas no dia seguinte não voltaremos para casa.

(*) Angie Gago é militante de Em Luta (Espanha)

terça-feira, 8 de março de 2011

As mais famosas expressões populares e suas origens

MOTORISTA BARBEIRO: 

- Nossa, que cara mais barbeiro!

No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos, etc, e por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daí, desde o século XV, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão "coisa de barbeiro". Esse termo veio de Portugal, contudo a associação de "motorista barbeiro", ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.

TIRAR O CAVALO DA CHUVA:

- Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje!
No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: "pode tirar o cavalo da chuva". Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.

À BEÇA:

- O mesmo que abundantemente, com fartura, de maneira copiosa. A origem do dito é atribuída às qualidades de argumentador do jurista sergipano Gumersindo Bessa, advogado dos acreanos que não queriam que o Território do Acre fosse incorporado ao Estado do Amazonas.
 

DAR COM OS BURROS N'ÁGUA:
A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado pra se referir a alguém que faz um grande esforço pra conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.

GUARDAR A SETE CHAVES:

No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino.
Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo "guardar a sete chaves" pra designar algo muito bem guardado.

OK:

A expressão inglesa "OK" (okay), que é mundialmente conhecida pra significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. Durante a guerra, quando os soldados voltavam pras bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa "0 Killed" (nenhum morto), expressando sua grande satisfação, daí surgiu o termo "OK".

ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS:

Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada pra designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.
 
PENSANDO NA MORTE DA BEZERRA:
A história mais aceitável pra explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados pra Deus como forma de redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e pensando na morte da bezerra. Após alguns meses o garoto morreu.

PRA INGLÊS VER:

A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o Brasil aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos. No entanto, todos sabiam que essas leis não seriam cumpridas, assim, essas leis eram criadas apenas "pra inglês ver". Daí surgiu o termo.

RASGAR SEDA:

A expressão que é utilizada quando alguém elogia grandemente outra pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Na peça, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão pra cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a moça percebe a intenção do rapaz e diz: "Não rasgue a seda, que se esfiapa".

O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER:

Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D`Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos pra Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imagina era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou pra história como o cego que não quis ver.

ANDA À TOA:

Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está à toa é o que não tem leme nem rumo, indo pra onde o navio que o reboca determinar.

QUEM NÃO TEM CÃO CAÇA COM GATO:

Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmente se dizia quem não tem cão caça como gato, ou seja, se esgueirando, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.

DA PÁ VIRADA:

A origem dd ditado é em relação ao instrumento, a pá. Quando a pá está virada pra baixo, voltada pro solo, está inútil, abandonada decorrentemente pelo Homem vagabundo, irresponsável, parasita.

NHENHENHÉM:

Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, os indígenas não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer "nhen-nhen-nhen".

VAI TOMAR BANHO:

Em "Casa Grande & Senzala", Gilberto Freyre analisa os hábitos de higiene dos índios versus os do colonizador português. Depois das Cruzadas, como corolário dos contatos comerciais, o europeu se contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e desenvolveu medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o índio não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos de rio, além de usar folhas de árvore pra limpar os bebês e lavar no rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com freqüência e raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos portugueses, mandavam que fossem "tomar banho".

A DAR COM O PAU:

O substantivo "pau" figura em várias expressões brasileiras. Esta expressão teve origem nos navios negreiros. Os negros capturados preferiam morrer durante a travessia e, pra isso, deixavam de comer. Então, criou-se o "pau de comer" que era atravessado na boca dos escravos e os marinheiros jogavam sapa e angu pro estômago dos infelizes, a dar com o pau. O povo incorporou a expressão.

ELES QUE SÃO BRANCOS QUE SE ENTENDAM:

Esta foi das primeiras punições impostas aos racistas, ainda no século XVIII. Um mulato, capitão de regimento, teve uma discussão com um de seus comandados e queixou-se a seu superior, um oficial português. O capitão reivindicava a punição do soldado que o desrespeitara. Como resposta, ouviu do português a seguinte frase: "Vocês que são pardos, que se entendam". O oficial ficou indignado e recorreu à instância superior, na pessoa de dom Luís de Vasconcelos (1742-1807), 12° vice-rei do Brasil. Ao tomar conhecimento dos fatos, dom Luís mandou prender o oficial português que estranhou a atitude do vice-rei. Mas, dom Luís se explicou: Nós somos brancos, cá nos entendemos.

ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA, TANTO BATE ATÉ QUE FURA:

Um de seus primeiros registros literário foi feito pelo escritor latino Ovídio (43 a.C.-18 d.C), autor de célebres livros como A arte de amar e Metamorfoses, que foi exilado sem que soubesse o motivo. Escreveu o poeta: "A água mole cava a pedra dura". É tradição das culturas dos países em que a escrita não é muito difundida formar rimas nesse tipo de frase pra que sua memorização seja facilitada. Foi o que fizeram com o provérbio portugueses e brasileiros.

JURO DE PÉS JUNTOS:

- Mãe, eu juro de pés juntos que não fui eu.
A expressão surgiu através das torturas executadas pela Santa Inquisição, as quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado pra dizer nada além da verdade. Até hoje o termo é usado pra expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Carta de Michael Moore aos estudantes de Wisconsin

 

Carta de Michael Moore aos estudantes de Wisconsin

"Os adultos jovens, em todos os cantos do mundo, principalmente no Oriente Médio, tomaram as ruas e derrubaram ditaduras. E, isso, sem disparar um único tiro. A coragem deles inspira outros. Vivemos hoje momento de imensa força, nesse instante, uma onda empurrada por adultos jovens está em marcha e não será detida", diz Michael Moore em carta enviada a estudantes do Estado de Wisconsin, que saíram às ruas contra um projeto para cortar direitos trabalhistas dos funcionários públicos do Estado.

Milhares de servidores públicos unidos a grupos estudantis realizaram protestos sábado (19) em frente ao Capitólio do estado norte-americano do Winsconsin, na cidade de Madison. Foi o quinto dia de manifestações contra um projeto de lei apresentado pelo novo governador, o republicano Scott Walker. O objetivo do projeto é cortar gastos do orçamento estadual através da supressão de direitos trabalhistas em todo o Estado. O suposto equilíbrio das contas do Estado ocorreria com a anulação dos convênios coletivos com os funcionários públicos. Entusiasmado com a mobilização dos estudantes, o cineasta Michael Moore enviou uma carta aberta para eles pedindo que se rebelem. Segue a carta:

Caros Estudantes:

Que inspiração, a de vocês, que se uniram aos milhares de estudantes das escolas de Wisconsin e saíram andando das salas de aula há quatro dias e agora estão ocupando o prédio do State Capitol e arredores, em Madison, exigindo que o governador pare de assaltar os professores e outros funcionários públicos !

Tenho de dizer que é das coisas mais entusiasmantes que vi acontecer em anos.

Vivemos hoje um fantástico momento histórico. E aconteceu porque os jovens em todo o mundo decidiram que, para eles, basta. Os jovens estão em rebelião – e é mais que hora!

Vocês, os estudantes, os adultos jovens, do Cairo no Egito, a Madison no Wisconsin, estão começando a erguer a cabeça, tomar as ruas, organizar-se, protestar e recusar a dar um passo de volta para casa, se não forem ouvidos. Totalmente sensacional!!

O poder está tremendo de medo, os adultos maduros e velhos tão convencidos que que fizeram um baita trabalho ao calar vocês, distraí-los com quantidades enormes de bobagens até que vocês se sentissem inpotentes, mais uma engrenagem da máquina, mais um tijolo do muro. Alimentaram vocês com quantidades absurdas de propaganda sobre “como o sistema funciona” e mais tantas mentiras sobre o que aconteceu na história, que estou admirado de vocês terem derrotado tamanha quantidade de lixo e estejam afinal vendo as coisas como as coisas são.

Fizeram o que fizeram, na esperança de que vocês ficariam de bico fechado, entrariam na linha e obedeceriam ordens e não sacudiriam o bote. Porque, se agitassem muito, não conseguiriam arranjar um bom emprego! Acabariam na rua, um freak a mais. Disseram que a política é suja e que um homem sozinho nunca faria diferença.

E por alguma razão bela, desconhecida, vocês recusaram-se a ouvir. Talvez porque vocês deram-se conta que nós, os adultos maduros, lhes estamos entregando um mundo cada vez mais miserável, as calotas polares derretidas, salários de fome, guerras e cada vez mais guerras, e planos para empurrá-los para a vida, aos 18 anos, cada um de vocês já carregando a dívida astronômica do custo da formação universitária que vocês terão de pagar ou morrerão tentando pagar.

Como se não bastasse, vocês ouviram os adultos maduros dizer que vocês talvez não consigam casar legalmente com quem escolherem para casar, que o corpo de vocês não pertence a vocês, e que, se um negro chegou à Casa Branca, só pode ter sido falcatrua, porque ele é imigrado ilegal que veio do Quênia.

Sim, pelo que estou vendo, a maioria de vocês rejeitou todo esse lixo. Não esqueçam que foram vocês, os adultos jovens, que elegeram Barack Obama. Primeiro, formaram um exército de voluntários para conseguir a indicação dele como candidato. Depois, foram as urnas em números recordes, em novembro de 2008. Vocês sabem que o único grupo da população branca dos EUA no qual Obama teve maioria de votos foi o dos jovens entre 18 e 29 anos? A maioria de todos os brancos com mais de 29 anos nos EUA votaram em McCain – e Obama foi eleito, mesmo assim!

Como pode ter acontecido? Porque há mais eleitores jovens em todos os grupos étnicos – e eles foram às urnas e, contados os votos, viu-se que haviam derrotado os brancos mais velhos assustados, que simplesmente jamais admitiriam ter no Salão Oval alguém chamado Hussein. Obrigado, aos eleitores jovens dos EUA, por terem operado esse prodígio!

Os adultos jovens, em todos os cantos do mundo, principalmente no Oriente Médio, tomaram as ruas e derrubaram ditaduras. E, isso, sem disparar um único tiro. A coragem deles inspira outros. Vivemos hoje momento de imensa força, nesse instante, uma onda empurrada por adultos jovens está em marcha e não será detida.

Apesar de eu, há muito, já não ser adulto jovem, senti-me tão fortalecido pelos acontecimentos recentes no mundo, que quero também dar uma mão.

Decidi que uma parte da minha página na Internet será entregue aos estudantes de nível médio para que eles – vocês – tenham meios para falar a milhões de pessoas. Há muito tempo procuro um meio de dar voz aos adolescentes e adultos jovens, que não têm espaço na mídia-empresa. Por que a opinião dos adolescentes e adultos jovens é considerada menos válida, na mídia-empresa, que a opinião dos adultos maduros e velhos?

Nas escolas de segundo grau em todos os EUA, os alunos têm ideias de como melhorar as coisas e questionam o que veem – e todas essas vozes e pensamentos são ou silenciadas ou ignoradas. Quantas vezes, nas escolas, o corpo de alunos é absolutamente ignorado? Quantos estudantes tentam falar, levantar-se em defesa de uma ou outra ideia, tentar consertar uma coisa ou outra – e sempre acabam sendo vozes ignoradas pelos que estão no poder ou pelos outros alunos?

Muitas vezes vi, ao longo dos anos, alunos que tentam participar no processo democrático, e logo ouvem que colégios não são democracias e que alunos não têm direitos (mesmo depois de a Suprema Corte ter declarado que nenhum aluno ou aluna perde seus direitos civis “ao adentrar o prédio da escola”).

Sempre fico abismado ao ver o quanto os adultos maduros e velhos falam aos jovens sobre a grande “democracia” dos EUA. E depois, quando os estudantes querem participar daquela “democracia”, sempre aparece alguém para lembrá-los de que não são cidadãos plenos e que devem comportar-se, mais ou menos, como servos semi-incapazes. Não surpreende que tantos jovens, quando se tornam adultos maduros, não se interessem por participar do sistema político – porque foram ensinados pelo exemplo, ao longo de 12 anos da vida, que são incompetentes para emitir opiniões em todos os assuntos que os afetam.

Gostamos de dizer que há nos EUA essa grande “imprensa livre”. Mas que liberdade há para produzir jornais de escolas de segundo gráu? Quem é livre para escrever em jornal ou blog sobre o que bem entender? Muitas vezes recebo matérias escritas por adolescentes, que não puderam ser publicadas em seus jornais de escola. Por que não? Porque alguém teria direito de silenciar e de esconder as opiniões dos adolescentes e adultos jovens nos EUA?

Em outros países, é diferente. Na Áustria, no Brasil, na Nicarágua, a idade mínima para votar é 16 anos. Na França, os estudantes conseguem parar o país, simplesmente saindo das escolas e marchando pelas ruas.

Mas aqui, nos EUA, os jovens são mandados obedecer, sentar e deixar que os adultos maduros e velhos comandem o show.

Vamos mudar isso! Estou abrindo, na minha página, um “JORNAL DA ESCOLA” [orig. "HIGH SCHOOL NEWSPAPER", em http://mikeshighschoolnews.com/]. Ali, vocês podem escrever o que quiserem, e publicarei tudo. Também publicarei artigos que vocês tenham escrito e que foram rejeitados para publicação nos jornais das escolas de vocês. Na minha página vocês serão livres e haverá um fórum aberto, e quem quiser falar poderá falar para milhões.

Pedi que minha sobrinha Molly, de 17 anos, dê o pontapé inicial e cuide da página pelos primeiros seis meses. Ela vai escrever e pedirque vocês mandem suas histórias e ideias e selecionará várias para publicar em MichaelMoore.com. Ali estará a plataforma que vocês merecem. É uma honra para mim que se manifestem na minha página e espero que todos aproveitem.

Dizem que vocês são “o futuro”. O futuro é hoje, aqui mesmo, já. Vocês já provaram que podem mudar o mundo. Aguentem firmes. É uma honra poder dar uma mão.


Tradução: Vila Vudu

terça-feira, 1 de março de 2011

Prorrogada a Audiência na Secitece

Nosso ida à Fortaleza para a audiência na Secitece com o Secretário Renê Barreira, Diretório Central do Estudantes - DCE, Centros Acadêmicos - CA e Sindiuva, foi adianda!

Foi remarcada para 11 de março, sexta-feira às 11h (manhã). A justificativa é que não aconteceu a reunião com os reitores hoje, terça-feira nem eles podem amanhã de manhã!